Independência de Angola (Matéria Organizada)


No dia 11 de Novembro de 1975, o Alto Comissário e Governador-Geral de Angolaalmirante Leonel Cardoso, em nome doGoverno Português, proclamou a independência de Angola, transferindo a soberania de Portugal, para o Povo Angolano, de forma efetiva a partir de 11 de Novembro de 1975:
"E assim Portugal entrega Angola aos angolanos, depois de quase 500 anos de presença, durante os quais se foram cimentando amizades e caldeando culturas, com ingredientes que nada poderá destruir. Os homens desaparecem, mas a obra fica.

O controlo de Angola estava dividido pelos três maiores grupos nacionalistas MPLA, UNITA e FNLA, pelo que a independência foi proclamada unilateralmente, pelos três movimentos.
O MPLA que controlava a capital, Luanda, proclamou a Independência da República Popular de Angola às 23:00 horas do dia 11 de Novembro de 1975, pela voz de Agostinho Neto dizendo, "diante de África e do mundo proclamo a Independência de Angola”, culminando assim o périplo independentista, iniciado no dia 4 de Fevereiro de 1961, com a luta de libertação nacional, estabelecendo o governo em Luanda com a Presidência entregue ao líder do movimento.
Holden Roberto, líder da FNLA, proclamava a Independência da República Popular e Democrática de Angola à meia-noite do dia 11 de Novembro, no Ambriz.
Nesse mesmo dia, a independência foi também proclamada em Nova Lisboa (Huambo), por Jonas Savimbi, líder da UNITA.
Logo depois da declaração da independência iniciou-se a Guerra Civil Angolana entre os três movimentos, uma vez que a FNLA e, sobretudo, a UNITA não se conformaram nem com a sua derrota militar nem com a sua exclusão do sistema político. Esta guerra durou até 2002 e terminou com a morte, em combate, do líder histórico da UNITA, Jonas Savimbi. Assumindo raramente o carácter de uma guerra "regular", ela consistiu no essencial de uma guerra de guerrilha que nos anos 1990 envolveu praticamente o país inteiro. Ela custou milhares de mortos e feridos e destruições de vulto em aldeias, cidades e infraestruturas (estradas, caminhos de ferro, pontes). Uma parte considerável da população rural, especialmente a do Planalto Central e de algumas regiões do Leste, fugiu para as cidades ou para outras regiões, inclusive países vizinhos.
No fim dos anos 1990, o MPLA decidiu abandonar a doutrina marxista-leninista e mudar o regime para um sistema de democracia multipartidária e uma economia de mercado. UNITA e FNLA aceitaram participar no regime novo e concorreram às primeiras eleições realizadas em Angola, em 1992, das quais o MPLA saiu como vencedor. Não aceitando os resultados destas eleições, a UNITA retomou de imediato a guerra, mas participou ao mesmo tempo no sistema político.
Logo a seguir a morte do seu líder histórico, a UNITA abandonou as armas, sendo os seus militares desmobilizados ou integrados nas Forças Armadas Angolanas. Tal como a FNLA, passou a concentrar-se na participação, como partido, no parlamento e outras instâncias políticas.

A conquista da paz e os benefícios do crescimento de Angola
        Qualquer balanço dos 37 anos da independência de Angola, proclamada a 11 de Novembro de 1975, passa pela evocação do período de guerra que o país viveu até Abril de 2002, ano em que a paz foi definitivamente instaurada em todo o território nacional. Para trás ficaram décadas de um dos mais sombrios períodos da História contemporânea de África, marcado pela crise num dos mais ricos e promissores países africanos.



       Os prejuízos em Angola nunca chegaram a ser totalmente contabilizados, mas é provável que tenham atingido dezenas de milhares de milhões de dólares. Numa guerra nenhum modelo económico resulta e todo o esforço para pôr em funcionamento a economia está condenado ao fracasso. 





         A paz conquistada por Angola em 2002 abriu as portas para o crescimento do nosso país. A economia regista hoje taxas de crescimento acima da média mundial e africana. As projecções para os próximos anos são optimistas, mas é necessário garantir a sustentabilidade do crescimento económico para que haja reflexos na melhoria das condições de vida das populações. 




           Mas o Executivo quer que os elevados benefícios do crescimento da economia sejam investidos na melhoria dos indicadores sociais, na qualidade de assistência à saúde, na educação, na habitação, na redução do desemprego e na formação profissional dos angolanos. Assim, nos últimos dez anos, Angola tem vindo a revelar resultados significativos no esforço de reconstrução nacional que encetou. Este é o principal e mais visível ganho conquistado com a paz.

                                               
       Ao comemorarmos os 37 anos de independência e 10 anos de paz efectiva em Angola, podemos afirmar, sem qualquer receio, que muito está feito e que a grande obra de pacificação e reconciliação realizada nos últimos anos fez renascer a nova Angola a que todos aspirámos. Estamos no caminho certo.

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